O ano vai passando. Como uma bala. Mal piscamos e fevereiro está logo ali. Havia prometido que atualizaria o blog duas vezes por semana. Mais uma promessa quebrada. Definitivamente, estou ficando bom nisso. Pergunto-me se alguma vez já cumpri alguma coisa que havia prometido. A resposta é conflitante. Prefiro não pensar no passado. O passado passou. Já era. Finito. Para pessoas como eu, é melhor que seja assim. Não que eu seja mal, claro. Mas parafraseando algo que me disseram nesta semana, não sou uma “boa pessoa”. Meio egoísta. Oportunista, quase. Há quem admire isso, tenho certeza. Em algum lugar do interior da China, talvez. Um pobre diabo amarelo com sua tigela de arroz amarelo e seu sorriso amarelo pensando no quanto admira os oportunistas. Uma pena. Não estou na China.
Graças a um ataque de oportunismo, consegui fechar um belo acordo, profissionalmente falando. Não vou ganhar um tostão a mais do que ganho, mas continuarei com meu fixo e terei tempo para correr atrás da máquina por fora. Há quem tenha brindado a isso. Colegas da Cont 303, que torcem por mim erguendo seus copos e batendo eles uns nos outros. Ainda iludidos de que sou uma alma iluminada. Tá certo. Com eles eu nunca aprontei. E como são meus amigos, com eles nunca aprontarei. Continuarão iludidos. Fazer o quê.
Fácil fazer pose de mau. Está na moda. Até os vilões nos filmes e desenhos animados têm os uniformes mais bacanas. Mas noite dessas vi um homem sem cabeça. Um ônibus parado e este cidadão deitado atrás dele. Corpo inteiro. A cabeça espalhada por mais de três metros de asfalto. Como um conto que li certa vez (e que o autor queria que eu roteirizasse), o pessoal esticava o pescoço para ver algo atrás da faixa dos peritos. Pessoas comuns, tendo seus momentos de excitação por estarem vendo algo diferente numa noite de terça. Olhei para o corpo. Pensei por um tempo na possibilidade desse presunto ser pai de alguém. Pouco mais de dez segundos depois, segui meu rumo para pegar minhas chaves de volta. Um amigo meu presenciou um assalto há dois meses atrás e ficou uma noite sem dormir. Vejo um cara decapitado e só volto a pensar nele uns dias depois, para pesar a efemeridade da vida. Garanto a vocês que tenho dormido como uma pedra. Será que sou normal? Será que sou normal no que se considera normal hoje? E se a sociedade estiver cada vez menos normal? Cara, preciso de uma ceva.
Meu melhor amigo está fazendo aniversário hoje. Já liguei. Já mandei scrap. Mas ainda não estou em condições de lhe dar um presente. Quem sabe depois do carnaval terei mais chances de presentear as pessoas que eu amo. Como eu disse no texto de ano novo, estou mudando as coisas, na marra. Ao menos ele sabe que energia positiva e torcida não falta por aqui. Mas daqui a um tempo. Sim. As coisas estarão melhores. Por ora, sinceros votos de felicidade e alegria sempre. Quando houver festa, me chama. Quando precisar de um ombro ou de um assassino profissional, me chama. Me chama sempre e sempre estarei aí.
Carnaval. Época de descontração. Orgias. Bebedeiras. Que nada. Como sempre, usarei esses quatro dias e meio para visitar meus parentes em Santa Catarina. Minha mãe, minhas irmãs e minha filha. As mulheres da minha vida. Não há grana para festas. Menos ainda para orgias. Não. Deixo de ser um cara mau nesses quatro dias para tentar amenizar essa distância toda. Os exus poderão ficar descansados comigo. Há mais podridão para darem conta por aí no carnaval.
No mais, tenho tirado um tempo para minha solidão imposta. Não por mim. Pelas escolhas. Tenho repensado algumas coisas. Tido a certeza de outras. Continuo com uma saudade louca dos meus filhos. Continuo com uma saudade louca das filmagens. Continuo sozinho.
Graças a um ataque de oportunismo, consegui fechar um belo acordo, profissionalmente falando. Não vou ganhar um tostão a mais do que ganho, mas continuarei com meu fixo e terei tempo para correr atrás da máquina por fora. Há quem tenha brindado a isso. Colegas da Cont 303, que torcem por mim erguendo seus copos e batendo eles uns nos outros. Ainda iludidos de que sou uma alma iluminada. Tá certo. Com eles eu nunca aprontei. E como são meus amigos, com eles nunca aprontarei. Continuarão iludidos. Fazer o quê.
Fácil fazer pose de mau. Está na moda. Até os vilões nos filmes e desenhos animados têm os uniformes mais bacanas. Mas noite dessas vi um homem sem cabeça. Um ônibus parado e este cidadão deitado atrás dele. Corpo inteiro. A cabeça espalhada por mais de três metros de asfalto. Como um conto que li certa vez (e que o autor queria que eu roteirizasse), o pessoal esticava o pescoço para ver algo atrás da faixa dos peritos. Pessoas comuns, tendo seus momentos de excitação por estarem vendo algo diferente numa noite de terça. Olhei para o corpo. Pensei por um tempo na possibilidade desse presunto ser pai de alguém. Pouco mais de dez segundos depois, segui meu rumo para pegar minhas chaves de volta. Um amigo meu presenciou um assalto há dois meses atrás e ficou uma noite sem dormir. Vejo um cara decapitado e só volto a pensar nele uns dias depois, para pesar a efemeridade da vida. Garanto a vocês que tenho dormido como uma pedra. Será que sou normal? Será que sou normal no que se considera normal hoje? E se a sociedade estiver cada vez menos normal? Cara, preciso de uma ceva.
Meu melhor amigo está fazendo aniversário hoje. Já liguei. Já mandei scrap. Mas ainda não estou em condições de lhe dar um presente. Quem sabe depois do carnaval terei mais chances de presentear as pessoas que eu amo. Como eu disse no texto de ano novo, estou mudando as coisas, na marra. Ao menos ele sabe que energia positiva e torcida não falta por aqui. Mas daqui a um tempo. Sim. As coisas estarão melhores. Por ora, sinceros votos de felicidade e alegria sempre. Quando houver festa, me chama. Quando precisar de um ombro ou de um assassino profissional, me chama. Me chama sempre e sempre estarei aí.
Carnaval. Época de descontração. Orgias. Bebedeiras. Que nada. Como sempre, usarei esses quatro dias e meio para visitar meus parentes em Santa Catarina. Minha mãe, minhas irmãs e minha filha. As mulheres da minha vida. Não há grana para festas. Menos ainda para orgias. Não. Deixo de ser um cara mau nesses quatro dias para tentar amenizar essa distância toda. Os exus poderão ficar descansados comigo. Há mais podridão para darem conta por aí no carnaval.
No mais, tenho tirado um tempo para minha solidão imposta. Não por mim. Pelas escolhas. Tenho repensado algumas coisas. Tido a certeza de outras. Continuo com uma saudade louca dos meus filhos. Continuo com uma saudade louca das filmagens. Continuo sozinho.
Mas continuo.
Um comentário:
Continuamos, meu caro. Até.
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