Nao é um título otimista. Porém, não há outra forma de descrever este exato instante. Não. Não se trata de momento de vida. Instante mesmo. Este minuto que passo acordado e tentando desesperadamente não dormir. Já bebi mais de dois litros de café. E prossigo. Pra tentar me distrair e não deixar o sono vir, trabalho. Deixo o MSN aberto. Alguns contatos estranham que eu esteja ON às 3 da madrugada. Uma amiga vem me dizer que está feliz. Faço de tudo pra não estragar este momento dela. Definitivamente, ela não precisa estar a par do meu drama num horário tão ingrato. Esta moça já tem problemas suficientes para transpor. Ela com os problemas dela. Eu com os meus. Ela foi dormir. Com um sorriso de orelha à orelha, com certeza. Eu continuo aqui. Sem sorriso. Mais café.
Noite anterior. Conforto do meu quartinho diminuto. Boa piada. Barulho do ventilador e a pressão de um aposento sem janelas. Escuridão. Logo me vejo numa sala iluminada com muitas pessoas sem rostos. Elas conversam entre si. Não sei qual é o evento, mas logo descubro. Um caixão é trazido e colocado à minha frente. Um velório, que beleza. Me pedem para pôr a tampa no esquife e dou uma olhada na defunta. Uma prima-tia que não vejo há uns anos. Seu rosto grotescamente contorcido. Olhos entreabertos. Coisa feia de se ver. Uma ótima desculpa para lacrar de vez o caixão. Quando seguro a tampa, eis que a mulher se mexe. Penso que é ilusão de ótica. Pisco forte. Ela se mexe mais. As pessoas começam a gritar e eu perco a voz. Tenho uma visão horripilante quando ela tem espasmos na minha frente e geme de dor. O rosto ainda contorcido. Cheio de veias azuis. Olhos embaçados de branco. Ouço a voz dela descrevendo o que ela sentia ao voltar da morte. Dor. Dor. Dor. Sentia-se pregada. Literalmente.
Acordei ofegante e suando. Pacote completo. Era 4 da manhã. Peguei um cobertor e me aninhei. Braços em volta da cabeça. Olhos abertos. Não consegui mais dormir. Depois de 24 horas acordado, ainda vejo o rosto medonho quando fecho os olhos. Vou pegar mais um copo de café. Volto.
Como uma criança medrosa, não quero dormir.
Noite anterior. Conforto do meu quartinho diminuto. Boa piada. Barulho do ventilador e a pressão de um aposento sem janelas. Escuridão. Logo me vejo numa sala iluminada com muitas pessoas sem rostos. Elas conversam entre si. Não sei qual é o evento, mas logo descubro. Um caixão é trazido e colocado à minha frente. Um velório, que beleza. Me pedem para pôr a tampa no esquife e dou uma olhada na defunta. Uma prima-tia que não vejo há uns anos. Seu rosto grotescamente contorcido. Olhos entreabertos. Coisa feia de se ver. Uma ótima desculpa para lacrar de vez o caixão. Quando seguro a tampa, eis que a mulher se mexe. Penso que é ilusão de ótica. Pisco forte. Ela se mexe mais. As pessoas começam a gritar e eu perco a voz. Tenho uma visão horripilante quando ela tem espasmos na minha frente e geme de dor. O rosto ainda contorcido. Cheio de veias azuis. Olhos embaçados de branco. Ouço a voz dela descrevendo o que ela sentia ao voltar da morte. Dor. Dor. Dor. Sentia-se pregada. Literalmente.
Acordei ofegante e suando. Pacote completo. Era 4 da manhã. Peguei um cobertor e me aninhei. Braços em volta da cabeça. Olhos abertos. Não consegui mais dormir. Depois de 24 horas acordado, ainda vejo o rosto medonho quando fecho os olhos. Vou pegar mais um copo de café. Volto.
Como uma criança medrosa, não quero dormir.
2 comentários:
Pesadelos servem, felizmente, para nos lembrar que eles terminam. Uma hora, eles findam. Até.
cara!!!depois de ter lido esse teu "sonho" acho q vou começar a tomar cafe tbm!!!!!ui!!!!*****
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