A sessão de apresentação de cada um foi um dos melhores episódios, com direito a piadas repetidas sobre os A.A., vermelhidão, gagueira e até um breve retrospecto da trajetória da Arquivo Morto para os menos informados. Interessante também foram algumas visões peculiares sobre o roteiro, algumas rinhas sobre “o que funciona e o que não funciona na tela” (ficou 1 x 1 entre o Diretor e eu) e a fotinho quase oficial da turma, batida pela sempre carismática...ops, eu disse que não ia citar nomes, certo? Ah, a menina dos stills...
Quando findamos a reunião e descemos, eis que nosso figurinista chega arfando, levemente atrasado devido ao trabalho. Há de se enumerar o episódio da camiseta que ele pegara emprestado do nosso Produtor de Elenco e, sem pedir licença, meteu um tesourão na gola, tornando a peça mais...fashion.
- O que tu fez com a minha camiseta??? – Produtor incrédulo.
Coisas de figurinista. Se há algo que aprendi sobre esse pessoal das roupas, é que são todos pirados: TODOS. Mas alguns (como esse) são legais...
É claro que os mais enturmados seguiram para a Cidade Baixa, para esticar, bater papo, beber um bocado e, porque não, falar sobre o projeto. Um fato curioso e levemente fútil aconteceu na minha chegada ao local que haviam escolhido para a bóia, mas pulemos essa parte...O clima estava super bacana e o pessoal, novo e antigo, começou a se enturmar e conversar sobre diversas coisas. O engraçado é que estávamos bebendo sentados em um bar, mas a galera estava pedindo pastéis no bar do lado. Isso que é cooperação entre estabelecimentos...
Um pouco mais tarde, fomos prestigiar um dos atores do curta, que é um dos donos do bar que ficava do outro lado da rua. Saímos de um e sentamos em outro, e dá-lhe mais ceva. Fomos recepcionados pelo próprio, que conheceu uma boa parte da equipe e disse que já estava preparado para o papel, pois o Odilon (personagem dele) era ele próprio. Uns dias atrás ele havia me mandado um scrap dizendo que o roteiro estava bacana e que eu tinha filhos lindos. Nosso Produtor de Elenco cismou que os “filhos”, na verdade, eram os personagens que eu havia criado. Segue a conversa:
- O que tu quis dizer com “teus filhos são lindos”, naquele scrap que tu deixaste pro Édnei?
- Quis dizer exatamente isso.
- Tá, mas tu tava falando dos personagens, certo?
- Não. Dos filhos dele mesmo.
- Tá, mas tu viu eles? Viu o álbum do Édnei?
- Sim.
- Mas...é isso mesmo? Não é sobre os personagens?
- Meu amigo, a vida é muito mais simples do que parece.
(Hehehehehe, desculpem-me os praticantes deste diálogo, mas tive de colocar isso no ar.)
Mais algumas conversas paralelas depois e o pessoal começou a se dispersar. Recebi informes de que alguns ainda esticaram. Outros caíram duros na cama.
E outros...
***
Dica de Lugar:
Casa de Cultura Mário Quintana: Rua dos Andradas, 736 – Porto Alegre - http://www.ccmq.rs.gov.br/novo/principal/index.php
Dois prédios com 6 andares cada e diversos ambientes: salas de ensaios, teatros, 3 cinemas, cafés, bibliotecas, uma sala temática só da Elis Regina, um quarto que dizem ser igual ao do Mário Quintana. A CCMQ também costuma ceder espaço (ou alugar, eles são meio mercenários) para alguns picaretas darem oficinas de cinema. Fora isso, é um local bacana de se visitar, onde sempre tem algo de cultural acontecendo.
Ah, um dos prédios tem um sétimo andar, onde fica o Café Concerto. Não peça o Irish por lá e evite o local em dias chuvosos. De resto, é até um lugar com bom visual e ideal para encontros e desencontros...
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