Esta foto foi o mais próximo que consegui chegar de uma imagem que pudesse ilustrar o episódio da tarde de sexta-feira passada, quando eu e outros dois colegas de trabalho estávamos em um engarrafamento numa rodovia.
Visualizem a cena: aquele calor de 34º e uma fila quilométrica que andava a passos de tartaruga, enquanto assávamos dentro de um Uninho com ar-condicionado nulo. Atrás de nós, um Renaut andava trôpego, parando e impulsionando como um andarilho bêbado, a medida que a fila se mexia. Um dos meus colegas, o motorista, arregalou os olhos quando percebeu, pelo retrovisor, que havia algo errado com o carro de trás.
Dentro dele, estava uma família de orientais: o homem de meia idade, motorista, puxando um ronco achando que o volante do carro era um travesseiro. A mulher, no banco ao lado, mortinha da silva (companheirismo zero). No banco de trás, um pirralho que parecia o Manabu Yamashi manuseava algum boneco que podia ser muito bem um Power Ranger ou um Cavalheiro do Zodíaco, alheio ao fato de que seu velho estava dormindo no volante.
Parecia que tinha uma mola no pescoço do motorista dorminhoco, como um daqueles cachorros de plástico que se coloca no vidro do carro enquanto sua cabeça mexe pra lá e pra cá. A fila andava e o Renaut ficava parado. Aquele baita vão entre ele e o nosso Uno e a galera buzinando atrás. A mulher ao lado babava, contando carneiros.
Estávamos cogitando avisar a autoridade competente mais próxima sobre a indisposição do motorista do Renaut, quando o mesmo deu aquela espreguiçada de quem acabou de acordar de um sono profundo, olhou para os lados e perguntou "que lugar é esse?" para si mesmo.
Fica o pedido encarecido de alguém que não dirige, mas viaja regularmente por essas federais da vida: se você vai dirigir, tenha garantias de que tem a disposição física necessária para engendrar a viagem. Nem só de álcool se abastecem os acidentes. Se está cansado, descanse. Se sente sono, pare em algum lugar. Tome um café. Desperte. O episódio acima foi engraçado porque aconteceu em uma fila parada...
...mas poderia ter sido diferente.
3 comentários:
Vai ver que o tio tinha exagerado no saquê...medo.
B.M.
eu parava na janela e cantava nananenê.
Grazi...
Ele exagerou foi na bóia, isso sim, rsrsrs.
Venuss...
...e arriscar levar um o-soto-otoshi nas fuças? Nem pensar!=P
Beijos pras duas.
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