Como carnaval, dizem por aí, também é uma época de festas, vou dividir o relato em duas partes...
Esta parte é sobre a minha filhota, a quem chamo sempre de “Morena”.
A Morena, hoje, tem sete anos de idade. Sim, muita gente me olha com olhos de prato toda vez que digo que tenho filha deste tamanho, mas a verdade é que abri a fábrica bem cedo. E que fábrica. Se eu tivesse de descrever a Morena em uma expressão, acho que seria “um luxo”. Sabe aquela pessoa que ilumina um ambiente assim que chega? É ela. É algo que se descobre logo no cumprimento: tu falas “muito prazer” e ela te responde “o prazer é todo meu”, te dando um firme aperto de mão. Como se não bastasse, é uma dama para fazer qualquer coisa em público: ela não senta, repousa. Ela não anda, desfila. Ela não pára, posa. Quando ela dança, ninguém faz frente. Seu porte magro e sua postura lhe conferem uma altivez que faria qualquer princesa ficar roxa de inveja. Fantástica.
Embora esteja na terceira série, a Morena é capaz de ter sacadas geniais. De deixar muito adulto no chinelo. Possui uma inteligência e capacidade de discernimentos impressionantes. Ela tem todas as respostas para todas as perguntas do mundo, e todas elas na ponta da língua. Se, num aborto do destino, pegar a Morena sem resposta, ela cerra os olhos, faz bico, fecha a cara e cruza os braços, desarmando o perguntador inconveniente.
Quando cheguei na casa dela, no sábado, fui logo recepcionado com um longo abraço e beijos pela Morena. A mãe, minha primeira ex, disse que a mocinha havia desistido de ir a uma festinha de aniversário de uma amiguinha somente para me esperar.
- Não vai na festa, filha?
- Meu pai já é uma festa.
Sempre me impressiona a quantidade de amor que a Morena tem por mim. Mesmo a distância sendo grande e nosso contato muito pouco, este sentimento dela só aumenta e ela demonstra isso com tanto carinho que meu coração sempre acelera quando a vejo. É a filha mais carinhosa do mundo. Levei-a para a casa da minha mãe e passamos todo o carnaval juntos. Brincando. Passeando. Matando as saudades.
É triste de constatar o quanto o tempo fica curto quando ele é bem aproveitado. Foi tudo muito rápido. Mal piscamos e já era terça-feira. Eu tinha que voltar a Porto Alegre e ela tinha que ficar em Tubarão. Certa vez meu pai me perguntou como é que eu fazia para ser tão frio nessas despedidas. É só olhar aqueles olhões cheios de lágrimas da Morena pra sacar que a grande verdade é que a despedida é sempre um tiro no peito e eu sempre morro um pouquinho nela. Tento fazer minha parte e não deixar transparecer que estou acabado, mas só porque eu tenho que fazer isso. Alguém tem que ser durão nessas horas. Faz parte do processo.
Minha sorte é que meus filhos são minhas certezas de que as coisas vão melhorar e isso me conforta. Sei que logo poderei voltar, rever e matar as saudades novamente da minha Morena.
Não há nada melhor do que esta certeza.
Esta parte é sobre a minha filhota, a quem chamo sempre de “Morena”.
A Morena, hoje, tem sete anos de idade. Sim, muita gente me olha com olhos de prato toda vez que digo que tenho filha deste tamanho, mas a verdade é que abri a fábrica bem cedo. E que fábrica. Se eu tivesse de descrever a Morena em uma expressão, acho que seria “um luxo”. Sabe aquela pessoa que ilumina um ambiente assim que chega? É ela. É algo que se descobre logo no cumprimento: tu falas “muito prazer” e ela te responde “o prazer é todo meu”, te dando um firme aperto de mão. Como se não bastasse, é uma dama para fazer qualquer coisa em público: ela não senta, repousa. Ela não anda, desfila. Ela não pára, posa. Quando ela dança, ninguém faz frente. Seu porte magro e sua postura lhe conferem uma altivez que faria qualquer princesa ficar roxa de inveja. Fantástica.
Embora esteja na terceira série, a Morena é capaz de ter sacadas geniais. De deixar muito adulto no chinelo. Possui uma inteligência e capacidade de discernimentos impressionantes. Ela tem todas as respostas para todas as perguntas do mundo, e todas elas na ponta da língua. Se, num aborto do destino, pegar a Morena sem resposta, ela cerra os olhos, faz bico, fecha a cara e cruza os braços, desarmando o perguntador inconveniente.
Quando cheguei na casa dela, no sábado, fui logo recepcionado com um longo abraço e beijos pela Morena. A mãe, minha primeira ex, disse que a mocinha havia desistido de ir a uma festinha de aniversário de uma amiguinha somente para me esperar.
- Não vai na festa, filha?
- Meu pai já é uma festa.
Sempre me impressiona a quantidade de amor que a Morena tem por mim. Mesmo a distância sendo grande e nosso contato muito pouco, este sentimento dela só aumenta e ela demonstra isso com tanto carinho que meu coração sempre acelera quando a vejo. É a filha mais carinhosa do mundo. Levei-a para a casa da minha mãe e passamos todo o carnaval juntos. Brincando. Passeando. Matando as saudades.
É triste de constatar o quanto o tempo fica curto quando ele é bem aproveitado. Foi tudo muito rápido. Mal piscamos e já era terça-feira. Eu tinha que voltar a Porto Alegre e ela tinha que ficar em Tubarão. Certa vez meu pai me perguntou como é que eu fazia para ser tão frio nessas despedidas. É só olhar aqueles olhões cheios de lágrimas da Morena pra sacar que a grande verdade é que a despedida é sempre um tiro no peito e eu sempre morro um pouquinho nela. Tento fazer minha parte e não deixar transparecer que estou acabado, mas só porque eu tenho que fazer isso. Alguém tem que ser durão nessas horas. Faz parte do processo.
Minha sorte é que meus filhos são minhas certezas de que as coisas vão melhorar e isso me conforta. Sei que logo poderei voltar, rever e matar as saudades novamente da minha Morena.
Não há nada melhor do que esta certeza.
3 comentários:
Falando assim algumas vezes tenho a impressão de que deve ser bacana ter descendentes...Até.
Oi Édnei como vc está? Te achei no orkut (o meu outro eu deletei) e foi bom te ver novamente.
Como vão as coisas? Vi que está com um blog rsrs e vc que sempre dizia achar blogs chatos hein...quem te viu, quem te vê!
Como vai a vida, a facu?? Te mandei um e-mail quase 1 mês atrás, vc recebeu?
Bjks e espero resposta.
Paty - Brasília
PS: emocionante o teu post sobre tua filha, que é linda (com certeza puxou ao pai rsrs)
Oi meu mano lindo!Com certeza descreveste a Juju melhor do q ninguém,ela realmente é td isso e muito mais...!Infelizmente vou ter q te lembrar de um fator muito importante. Juju é a minha cara,ou seja,é linda como a tia!!!E se tu acha a tua filhota linda tu não vai poder negar esse fato,não acha??Huahuahua beijosssss amor de nossas vidas.
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