E não há melhor modo de começar o ano no blog do que falando da nova temporada da minha série favorita, que estreou com dois episódios no domingo passado, na Fox gringa, e prosseguiu com outros dois episódios na segunda-feira.
ALERTA DE SPOILER – ALERTA DE SPOILER – ALERTA DE SPOILER
Neste oitavo dia de 24, a ação ocorre na sede da ONU em Nova York, às vésperas da assinatura de um tratado de paz entre um proeminente país do Oriente Médio (cof, cof, Irã, cof, cof...) e os Estados Unidos. É claro que os caras maus (que ainda não sabemos quem são) não querem que este tratado seja assinado e, para isso, pretendem mandar o presidente do tal país desta para melhor. Só tem um porém: Jack Bauer está na cidade.
Com um plot inicial muito similar ao da 1ª temporada (onde o alvo era o senador David Palmer e Kiefer Sutherland ainda usava luzes nos cabelos), esta nova empreitada inaugura o total desligamento da série do diretor, produtor e grande responsável pelo sucesso da mesma Jon Cassar, que decidiu ir navegar em outros mares. Esta mudança se reflete não apenas no estilo de direção e no roteiro calmo (e quando digo calmo, falo dos padrões de 24, já que a série possui um nível de adrenalina muito além de qualquer outra exibida atualmente), mas também na produção sóbria e no deslocamento da história para Nova York (na temporada anterior era Washington e, antes disso, Los Angeles), o que força uma grande troca de elenco para este novo dia.
Além da mudança de ares para a cidade que nunca dorme, esta temporada de 24 traz uma nova CTU (Counter Terrorist Unit, filial de Nova York), mais limpinha e correta que sua versão californiana, bem como uma gama de novos personagens: do simpático presidente Omar Hassan (interpretado por Anil Kapoor, o "Silvio Santos" de Quem Quer Ser um Milionário), passando pelo diretor da CTU Brian Hastings (que não deu uma dentro até o momento), até o certinho agente Cole Ortiz (interpretado pelo inexpressivo Freddie Prinze Jr.), entre outros. Do time antigo, sobraram a presidente Allison Taylor (interpretada pela excelente Cherry Jones, vencedora do Emmy de 2009 pelo papel), a pau pra toda obra Chloe O’Brian (que só leva bordoada na nova CTU, mas continua com a brutalidade de sempre) e a ex-agente do FBI Renee Walker, que retornou sequelada após os acontecimentos do dia 7. Há também aparições tímidas de Kim Bauer e Ethan Kanin, que devem sumir por completo do restante do dia (ou não, afinal, estamos falando de 24 – a maior caixa de surpresas da TV).
E há também Jack Bauer, com toda a experiência (e paciência) que seus quarenta e tantos anos podem oferecer. Vovô (literalmente), aposentado, e doido pra voltar para Los Angeles com sua família, Jack vê seu prometido sossego indo por água abaixo quando um antigo contato bate na porta do seu quarto de hotel e lhe confidencia, em troca de proteção, a existência de um plano para matar o político árabe. O que era para ser uma simples escolta de um informante até a CTU, torna-se uma brutal perseguição com direito a helicóptero explodindo e machadadas no lombo...e esta foi só a primeira hora do dia.
Embora continue com excelente mira (atirar na correria em um cadeado a 8 metros de distância não é pra qualquer um), Jack agora é um homem cansado, que paga uma boiada para não entrar em uma briga e deixa isso claro nesses quatro primeiros episódios. Ele quer sair logo da CTU, quer pegar o avião para LA e ir jogar dominó na praça, mas as circunstâncias e algumas lições de moral (até de Kim Bauer, que saiu das fraldas ontem) o puxam de volta. A intenção de descanso foi uma introdução bacana para quem já foi torturado por dois anos em uma prisão chinesa, mas espero, de coração, que esta aposta do roteiro na inércia de Jack tenha acabado, já que muita coisa da ação está sendo delegada para o agente Cole (que joga o próprio carro em cima de uma comitiva para evitar um atentado a bomba) e para Renee, que chegou só no quarto episódio e já decepou o dedo de um pobre diabo, referência clara aos tempos em que Jack atirava no joelho de um suspeito só para ter uma informação. Ah, bons tempos.
Tentativas de assassinato, personagens se revelando, uma trama paralela bem meia-boca (o passado suspeito de Dana Walsh, a analista de sistemas da CTU que está sendo tão importante para a história que eu só a citei agora), uma ameaça muito maior do que aparenta, mas isso é 24. A trama já se inverteu (tudo bem, isso acontece a cada minuto da série), Jack parece estar entrando de volta no jogo e, embora o início tenha sido um pouco tímido, muita água há de rolar neste seriado que continua sendo um excelente entretenimento.
E enquanto o domingo (e o episódio 5) não chega, descubra clicando aqui quem você seria em 24. Adivinha o que deu pra mim?
E enquanto o domingo (e o episódio 5) não chega, descubra clicando aqui quem você seria em 24. Adivinha o que deu pra mim?
2 comentários:
PUTZGRILA...e lá vem ele com posts quilômétricos...as férias foram boas pelo jeito,hehe!!!
brincadeira...curto ler teus ensinamentos, mestre!!! um dia pequeno gafanhoto-sapo escreverá-rá mais que 11 linhas!!!
só é pena eu ter largado o Bauer lá atrás(hummm!) ná segunda temp...
mas uma hora vejo tudo aqui na locadora...mas a joça sai como água!!! mas parece que esse ano temo rapaz do scobiduu né???
isso eu quero ver, hehe!!!
abração!!!
Uhauhauahuaha. Eu sou meio "ent" neste sentido: só escrevo coisas muuuuuuuito longas quando penso que vale a pena, mas isso não é vantagem não, afinal, mesmo que o texto tenha coisas interessantes (cof, cof), muita gente acaba passando batido justamente pq o texto é grande demais. Por essas e outras que teu blog tá bombando: ele é muito prático (e chega de confete. Se quiser mais, pede pra Fran).
E velho, nunca é tarde para correr atrás de 24.=P
Abração.
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